Observação dos olhos é aplicada como etapa preliminar na formulação de diagnósticos. Método desenvolvido na Alemanha é usado no Brasil, mas enfrenta resistências.
O especialista Vanderley Gurgel diz que a avaliação da íris mostra se a pessoa é do tipo mental ou emocional (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)Em 2004, a modelista Viviane Rachel de Azevedo Felipe, de 39 anos, descobriu que sofria de anemia severa, possivelmente desencadeada pelo estresse decorrente da perda de um irmão. Para descobrir a causa física da doença, fez vários exames que considerou invasivos. “Nesses procedimentos, tirei litros e litros de sangue”, recorda. Com os resultados na bolsa, marcou uma consulta com um homeopata e iridólogo. Antes de mostrar os exames, porém, pediu uma análise de sua íris. “Pela avaliação da fotografia, antes mesmo de ver os resultados, o médico disse que a causa da minha anemia possivelmente era falta de ácido clorídrico no estômago, o que impedia a digestão das vitaminas. Isso era causado pela carência de vitamina B12. Essa era exatamente a conclusão dos exames que eu havia feito”, afirma.
Agilidade no diagnóstico e no acesso a medicamentos é desafio para pessoas com doenças rarasApesar do tiro certeiro do médico da modelista, a iridologia é um método propedêutico originário da Alemanha. Leva em conta padrão, cor, textura, pigmentação, estrias, fendas e anéis da íris para avaliar desequilíbrios do corpo e da mente e pode ser usada pela medicina tradicional como ferramenta preliminar de identificação dos órgãos mais sensíveis do organismo, o que facilita o caminho até o diagnóstico. Mas também é uma ferramenta que permite a profissionais especializados em terapias complementares avaliar as tendências físicas, psíquicas e comportamentais de uma pessoa antes do início de qualquer tratamento. Independentemente da formação, porém, existe um consenso entre os profissionais que utilizam o método: a iridologia não faz diagnósticos, apenas indica possibilidades.
Agilidade no diagnóstico e no acesso a medicamentos é desafio para pessoas com doenças rarasApesar do tiro certeiro do médico da modelista, a iridologia é um método propedêutico originário da Alemanha. Leva em conta padrão, cor, textura, pigmentação, estrias, fendas e anéis da íris para avaliar desequilíbrios do corpo e da mente e pode ser usada pela medicina tradicional como ferramenta preliminar de identificação dos órgãos mais sensíveis do organismo, o que facilita o caminho até o diagnóstico. Mas também é uma ferramenta que permite a profissionais especializados em terapias complementares avaliar as tendências físicas, psíquicas e comportamentais de uma pessoa antes do início de qualquer tratamento. Independentemente da formação, porém, existe um consenso entre os profissionais que utilizam o método: a iridologia não faz diagnósticos, apenas indica possibilidades.
COMPLEMENTAR
O método já é disciplina oficial do curso de naturologia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), que ensina também práticas de massoterapia, fitoterapia, florais de Bach, reflexoterapia, geoterapia, aromaterapia e hidroterapia. De acordo com Neiva Radeck, que ministra as aulas de iridologia na Unisul, a matéria está passando por uma quebra de paradigmas no Brasil. “A maioria dos estudiosos que trouxeram a iridologia para cá são médicos, por isso ela chegou ao país com uma leitura focada nas patologias”, explica. Para mudar essa realidade, o curso da universidade catarinense centra seus ensinamentos nas potencialidades do indivíduo. “Funciona como um tratamento auxiliar para terapias complementares. Por isso é importante nunca nomear uma doença para o paciente. Isso seria antiético”, orienta.
Elivane Amaral explica que é possível notar se há desequilíbrios (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)O médico homeopata Celso Batello, diretor da Associação Médica Brasileira de Iridologia, que congrega cerca de 200 profissionais no país, utiliza a prática como orientação para diagnósticos há mais de 30 anos. Segundo ele, a íris é um microssistema que representa o organismo como um todo. “Por meio dela, é possível detectar os órgãos de menor resistência. Isso não significa, porém, que um exame iridológico dispense os tradicionais. A iridologia não faz diagnóstico”, enfatiza. Ele reconhece que a comunidade científica em geral é retratária à ferramenta. “Cabe a nós provar que se trata de um método científico. Foi o que ocorreu com a homeopatia e a acunpuntura”, defende Batello.
A iridossomatologista Elivane Amaral Souza Assis explica que, por meio da observação da íris, é possível perceber o estado de saúde de uma pessoa como um todo. “Dá para notar se há desequilíbrios, disfunções orgânicas, alterações na função de um órgão ou de um sistema. Essas informações são analisadas em consonância com o estilo e as condições de vida da pessoa, levando em conta as vivências que contribuíram para que uma função antes saudável começasse a se transformar em disfunção.” De acordo com ela, a íris mostra como a pessoa está e para onde está caminhando. Muitos anos antes de que uma doença grave se manifeste, é possível olhar e dizer que um indivíduo está indo para lá”, sustenta.
Jackson Luís Scaramelo trabalha com a técnica como a primeira etapa do tratamento que pode envolver homeopatia, fitoterapia e alfaterapia. “A iridologia entra primeiro, como uma avaliação. Fazemos uma microfilmagem da íris e com ela avaliamos o estado físico, emocional e psíquico da pessoa”, explica. Vanderley Gurgel, também especialista no método, explica que a avaliação da íris mostra a estrutura do indivíduo, indicando, por exemplo, se a pessoa é do tipo mental ou emocional e indicando os melhores tratamentos.
fonte
http://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/08/14/noticias-saude,191824/metodo-de-diagnostico-pela-iris-divide-medicos-brasileiros.shtml
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