Se você é homem e está se sentindo cansado, irritado e com falta de interesse sexual, procure ajuda de um médico urologista, pois estes são sintomas comuns relacionados à redução dos níveis hormonais nos adultos - distúrbio conhecido como deficiência androgênica.
Conhecido anteriormente como andropausa, esse distúrbio deixou de ser chamado assim por se diferenciar bastante da menopausa - período em que as mulheres param de menstruar devido à cessação da secreção hormonal dos ovários.
A deficiência androgênica nos homens costuma ser menos intensa e frequente do que a menopausa nas mulheres; não ocorre em todos aqueles que envelhecem; e também pode afetar jovens, embora seja mais raro. "As principais causas dos distúrbios hormonais nos homens jovens são as doenças que afetam os testículos, como o câncer, e problemas na hipófise (glândula localizada no cérebro e responsável pela produção de hormônios)", esclarece o dr. Flávio Trigo Rocha, médico urologista no Hospital Sírio-Libanês.
Uma das características principais da deficiência androgênica é a diminuição da produção de testosterona pelo organismo. A queda desse hormônio, que é o mais comum entre os homens, pode causar também:
Diminuição da força e da massa muscular.
Aumento da gordura (visceral).
Comprometimento da memória e funções cognitivas.
Disfunção erétil.
Depressão.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 20% dos homens depois dos 40 anos de idade terão queda de testosterona; e geralmente ocorre uma diminuição de 12% da produção desse hormônio a cada década de vida.
Como prevenir a deficiência androgênica?
Finasterida diminui a libido?
A finasterida é uma substância que age reduzindo a produção de testosterona. Os medicamentos com 5% de finasterida, os primeiros usados para o tratamento da hiperplasia prostática benigna, se mostraram eficazes também para o combate da calvície, mas parecem ter sido a causa da redução da libido em cerca de 30% dos usuários.
Para o tratamento da calvície então foram criados os medicamentos com 1% de finasterida, que segundo o dr. Flávio Trigo Rocha não são suficientes para provocar a diminuição da libido. De qualquer forma, esse medicamento deve ser usado sempre conforme a orientação médica.
Realizar atividade física regularmente e seguir uma dieta saudável, rica em alimentos que ajudam na regulação hormonal, como brócolis, linhaça, frutas secas e figo, pode contribuir para a prevenção da deficiência androgênica.
Outra maneira de prevenir o problema é evitar os fatores de risco que também podem causar distúrbios hormonais, como:
Obesidade.
Hipertensão.
Diabetes.
Dislipidemias (presença de gordura no sangue, como colesterol e triglicérides).
Tabagismo.
Álcool em excesso.
Anabolizantes.
Medicamentos ou suplementos orais com hormônios.
Como tratar os distúrbios hormonais masculinos?
Homens com qualquer sintoma relacionados à deficiência androgênica devem procurar ajuda médica. A partir de exames de sangue específicos, o médico irá avaliar a redução hormonal de acordo com a idade e o perfil clínico do paciente, avaliando a necessidade ou não de tratamento.
O tratamento da deficiência androgênica geralmente envolve a reposição de testosterona através de medicamentos injetáveis ou de loções em gel a serem aplicadas sobre a pele, pois os medicamentos orais são tóxicos ao fígado. Esses tratamentos atuam restabelecendo a quantidade hormonal necessária para o organismo.
O Núcleo Avançado de Urologia do Hospital Sírio-Libanês oferece cuidados especializados para o diagnóstico e o tratamento dos distúrbios hormonais masculinos. Esse grupo conta com diversos médicos que atuam também no tratamento de impotência sexual, infertilidade, doenças da próstata, traumas urológicos, entre outros problemas que podem afetar o trato urinário de homens e mulheres.
Apesar de os urologistas muitas vezes serem considerados médicos de homens, eles também cuidam de diversas doenças comuns nas mulheres, como cálculo renal, incontinência e infecção urinárias e cistite.
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