domingo, 8 de dezembro de 2019

Piridoxina



A importância da vitamina B6 para a saúde é conhecida desde 1934. Vitamina B6 é, na verdade, um termo genérico para uma família de compostos (piridoxina, piridoxal, piridoxamina, piridoxina-5-fosfato, ácido piridóxico, piridoxina-5-fosfato e piridoxal-5-fosfato, sendo os dois últimos as formas ativas da vitamina).


A vitamina B6 desempenha várias funções importantes no metabolismo de aminoácidos, na síntese de neurotransmissores (como serotonina, dopamina e GABA), como co-fator para produção de DHA e EPA (formas ativas do ômega-3), para a formação do grupamento heme da hemoglobina e no metabolismo da metionina. A deficiência impede a formação de cisteína, taurina, glutationa (antioxidante), bloqueia a degradação da homocisteína (inflamatória e neurotóxica).

Na verdade a literatura descreve o envolvimento da B6, especialmente a piridoxal-5-fosfato em mais de 100 reações. Assim, pessoas com carência de vitamina B6 possuem um maior risco de desenvolverem de doenças cardiovasculares, depressão, irritabilidade, insônia, compulsão alimentar, TPM, aumento da homocisteína.

A deficiência pode ocorrer devido a baixo consumo, eficiência na absorção (como ocorre na disbiose intestinal) ou uso de medicamentos. Drogas como ciclo-serina, hidralazina, fenilzina, gentamicina, penicilamina, isoniazida e L-dopa ligam-se à vitamina B6, diminuindo sua disponibilidade.


A B6 está presente em uma quantidade enorme de alimentos, tornando sua deficiência mais arriscada em pessoas com dietas extremamente monótonas, na gestação e lactação, na presença de hipertireoidismo, em dietas com quantidades excessivas de proteína e na velhice.

O consumo excessivo de álcool também atrapalha a absorção de B6 presente em alimentos como leite, queijo ricota, salmão, atum, batata doce, ervilhas e abacate.


Outras manifestações comuns da deficiência de piridoxina são:
  • dermatite seborreica (inflamação da pele que causa descamação e vermelhidão),
  • queilose angular (ferida dolorosa no canto da boca),
  • glossite (inflamação da língua),
  • neuropatia periférica (perda da sensibilidade de nervos, especialmente em pés e mãos)
  • e convulsões.
FONTE:

Consultoria nutricional com Andreia Torres, nutricionista com mestrado, doutorado e mais de 20 anos de experiência profissional.

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