sexta-feira, 1 de julho de 2011

Carboidratos e Medicamentos Podem Atrapalhar o Desempenho Sexual


Vira e mexe e acabamos esbarrando na máxima: "Você é o que você come". Mesmo que isso não seja traduzido ao pé da letra, não tem como negar: a forma como nos alimentamos sempre vai refletir no nosso dia a dia, inclusive na vida sexual.

Prova disso foi relatada recentemente em reportagem de um jornal inglês. Segundo a matéria, comer muito pão e outros carboidratos refinados, por exemplo, pode atrapalhar o desempenho sexual.

Uma das causas do problema seria que os alimentos refinados liberam açúcar mais rapidamente que os integrais. Essa quantidade maior de açúcar é associada à queda de energia, o que significa que não haverá energia para o sexo. Além disso, o açúcar engorda e aumenta o nível de estrogênio no corpo, o que diminui a libido.

Algumas bebidas também podem ser um problema: o quinino da água tônica, por exemplo, baixou os níveis de testosterona em ratos, de acordo com pesquisadores da University of Lagos, na Nigéria. Em outro estudo foi constatada uma baixa concentração de espermas relacionada ao uso da substância.

Já alguns remédios para pressão arterial reduziriam a libido por interferir na frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo. Os analgésicos à base de opiáceos como codeína e morfina podem suprimir a atividade no hipotálamo — área do cérebro envolvida no controle dos níveis de hormônio. Cerca de 68% das mulheres que tomaram o remédio por muito tempo tiveram diminuição de relações sexuais.

No caso dos analgésicos, os pesquisadores ingleses aconselham o consumo de medicamentos à base de paracetamol e ibuprofeno.

Depois de tentar ioga, relaxamentos e até uma daquelas lutas que lhe rendem uns belos hematomas pelo corpo, você resolve apelar para as famosas pílulas para pôr um fim à ansiedade. Afinal, nada mais embaraçoso do que ter chiliques pelo trabalho. Mas, como tudo tem seu preço, o remedinho "salvador" pode vir abraçado a uma queda significativa na libido, dificultando até mesmo aquele tão buscado ápice - o bem-vindo orgasmo.

Os efeitos colaterais das medicações psicotrópicas podem variar de uma leve perda de lubrificação na mulher, até a dificuldade de ereção no homem. "No entanto, é importante frisar que a vida sexual está na cabeça da mulher e do homem. Ela tem um peso maior na qualidade do relacionamento e da abertura do casal", salienta Mauro Haidar, ginecologista chefe do Setor de Climatério da Unifesp.

O profissional alerta ainda que quando a medicação resulta em uma queda brusca na qualidade de vida da mulher, por exemplo, a paciente tende a parar com os comprimidos. Mas, para toda regra há sempre uma exceção. "Tomei fluoxetina por oito meses. Nos dois primeiros minha libido era inexistente, mas não parei de tomar o remédio, pois optei em tratar minha depressão", comenta a jornalista Tatiana, 31 anos.

Infelizmente, a lista de medicações que têm o poder de prejudicar seu apetite na cama, vai muito além dos antidepressivos e afins. Até aquele inocente remédio para gripe pode colocar uma mulher de castigo - e com uma bela cinta de castidade.

Confira abaixo uma lista de medicamentos que podem interferir na sua vida sexual, cortando a libido ou mesmo impedindo que você chegue ao orgasmo.
  • Ansiolíticos
Uso: os conhecidos tranquilizantes são usados para diminuir a ansiedade e a tensão.

Efeitos colaterais: como agem diretamente no sistema nervoso central, essas drogas têm o efeito de "desacelerar seus nervos", e, com isso, diminuem também a libido. "A mulher fica mais calma e, assim, acaba tendo seu desejo sexual reduzido", comenta a ginecologista Silvana Chedid.
  • Antidepressivos
Uso: agem inibindo a recaptação da serotonina e são indicados para casos de depressão, transtorno obsessivo-compulsivo e bulimia nervosa.

Efeitos colaterais: "Ao alterar os neurotransmissores, esses medicamentos afetam o desejo e a resposta sexual da pessoa", alerta a ginecologista Camila Cambiaghi. Assim, a libido acaba tendo uma redução drástica no paciente.
  • Anticoncepcional
Uso: os comprimidos podem ser uma combinação dos hormônios estrógeno e progestágeno (similar à progesterona), ou ainda apenas de progestágeno - no caso das minipílulas. É um dos métodos anticoncepcionais mais comuns.

Efeitos colaterais: como a pílula bloqueia a ovulação, ela acaba diminuindo a libido da mulher, já que muitas têm um aumento do apetite sexual nessa época. "Mas ela pode ainda diminuir a lubrificação da mucosa vaginal, causando desconforto na hora da relação sexual", explica Silvana.

  • Anti-hipertensivos

Uso: atuam no aparelho cardiovascular, com o intuito de controlar a pressão arterial elevada. Entre eles estão o nadolol, metazolona, atenolol e captopril.

Efeitos colaterais: "Esses medicamentos causam disfunção sexual em cerca de 25% das mulheres que o usam", comenta a ginecologista Camila. Mas os problemas mais severos recaem sobre a vida sexual masculina, já que o remédio pode causar impotência sexual e dificuldade de ereção.

  • Anti-histamínicos e antigripais

Uso: os antialérgicos e os antigripais são indicados para pôr um fim na coriza, febres, mal-estar e alergias.

Efeitos colaterais: ao mesmo tempo que esses remédios acabam com o muco e a coriza (típicos de processos alérgicos e gripais), eles também podem diminuir a lubrificação vaginal. "Mas essas drogas têm uso contido, de curto prazo, então dificilmente há problemas", salienta o médico Haidar.
  • Remédios
Remédios para a pressão arterial podem reduzir a libido e causar disfunção erétil "porque reduzem a frequência cardíaca e o fluxo sanguíneo e o sangue muitas vezes não chega aos genitais", explica o cardiologista Graham Jackson, da Guy's & St Thomas's Hospital.

Os piores são os betabloqueadores como propranolol e atenolol, de acordo com uma revisão publicada este mês na International Journal of Clinical Practice. O relatório diz que pacientes tratados com um novo tipo de betabloqueador chamado nebivolol melhoraram a função erétil em 69%.

Para quem trata de calvície, atenção: a finasterida, também conhecida como o remédio Propecia, pode causar longos períodos de baixa libido. Uma pesquisa do professor Michael Irwig, da George Washington University, mostrou que 94% dos homens que tomavam a droga desenvolveram baixo desejo sexual; 92% sofreram de disfunção erétil e 69% tiveram dificuldades de orgasmo.

Já os analgésicos à base de opiáceos como codeína e morfina podem suprimir a atividade no hipotálamo - área do cérebro envolvida no controle dos níveis de hormônio. Cerca de 95% dos homens e 68% das mulheres que tomaram o remédio por muito tempo tiveram diminuição de relações sexuais.

- Se você está preocupado com isso fique com analgésicos à base de paracetamol e ibuprofeno - diz Neal Patel, da Royal Pharmaceutical Society.

FONTE

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