Da família botânica das Sapindaceae, é conhecida como a delícia do Pacífico. A Rambutan é nativa da Malásia, porém se adaptou muito bem ao clima do Norte do Brasil, sendo cultivada em Rondônia, Amazonas e Pará. Na natureza, a árvore de Rambutan alcança até 24 metros. De sua casca saem pelos típicos. Em cultivo, ela pode atingir até 12 metros de altura.
Essa fruta que lembra a Lichia ainda é pouco conhecida no país, mas tem benefícios sobre ela, seu fruto é maior e suas sementes são de 30 a 50% menores, dando mais espaço a sua polpa, que é doce e pouco ácida, semelhante à uva.
Dentre seus princípios ativos estão, saponinas, taninos e alcalóides de semente que auxiliam na redução da taxa de colesterol e triglicerídeos sanguíneos, efeito imunogênico, redução da produção de amônia e controle de parasitas. Além disso, o Rambutan contém vitamina C, carboidratos, proteínas, cálcio, fósforo, potássio, ferro e vit. B3.
O extrato da raiz é comumente utilizado para tratar febre e as folhas para aliviar as dores de cabeça.
O início da produção das mudas por nós comercializadas ocorre em 4 ou 5 anos, estando as mudas já com 24 meses de idade.
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Rambutan: do Oriente à Rondônia |
O município de Porto Velho é reconhecido em todo o país como uma região circulada de frutos regionais, como o açaí, cupuaçu e tucumã. Mas uma fruta tradicionalmente conhecida em países do Oriente (Tailândia, Vietnã e Indonésia) fez com que o economista Nahim José Aguiar, 65 anos, tivesse a idéia de plantar, em 2005, vários pés de...Rambutan.
O nome exótico e o sabor adocicado só confirmam a beleza dessa fruta, que tem formato ondulado, tom avermelhado por fora e cerca de cinco centímetros de comprimento. Atualmente, na chácara Dois Riachos, em Candeias, há 36 km de Porto Velho, ele cultiva 42 árvores apenas dessa espécie num pomar composto de, aproximadamente, 415 plantas de outras espécies, a maioria frutíferas.
A idéia surgiu quando Aguiar ainda era diretor do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), há três anos, e participou de um projeto de reflorestamento da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero). A partir dessa experiência, em conversa com um amigo, ele começou a pesquisar na internet por frutas incomuns na região. Foi quando, num viveiro na Capital, encontrou a muda do Rambutan. “Apesar de ter provado e aprovado o sabor antes de adquirir as mudas, não pensei duas vezes em aceitar o desafio e começar o plantio”, lembra o economista que está colhendo, há quatro semanas, a primeira safra dos frutos que plantou em janeiro de 2005.
Segundo Aguiar, o tempo em média para fazer a primeira colheita é, no mínimo, de cinco anos. No caso dele, houve um adianto ainda não explicado cientificamente. Ele acredita que a maneira como as frutíferas foram plantadas – adubadas com calcário e esterco de galinha - tenha colaborado para o rápido desenvolvimento. Porém, segundo ele, há um detalhe fundamental que merece ser destacado. “Apenas as fêmeas dão a fruta”, revela. No pomar, as “rambunteiras” somam 14 fruteiras. A proposta é realizar nos próximos anos um pomar inteiramente orgânico.
Como pouca gente conhece a tal fruta – que lembra por dentro o ingá – o economista ainda não começou a faturar com a venda de Rambutan, embora esse seja um plano para o futuro. “Estou fazendo um trabalho de formiguinha para familiarizar a fruta ao gosto das pessoas para, depois, pensar em lucrar”, conta Aguiar que vendeu a um amigo 12 frutas pelo preço camarada de R$ 5,00. Mas o valor real do quilo da fruta, em outros países, diz, custa US$ 35,00.
Em outros estados do Brasil, o quilo do Rambutan pode ser encontrado por R$ 40,00. Não foi à toa que 100 mudas foram plantadas na semana passada. Tudo (gastos, fruteiras e planejamento) é devidamente anotado em planilhas para garantir o controle e o desenvolvimento do local.
Mas quem tiver vontade de plantar a fruta no fundo do quintal de casa? Aguiar garante a germinação da muda, desde que seja seguido alguns critérios. Primeiramente é preciso colocar a semente na terra preta dentro de um saco. Depois é esperar dez meses até a germinação alcançar 50 centímetros e para fazer o plantio. Uma árvore pode produzir até 200 kg ou mais da fruta e pode medir até 12 metros de altura.
A estrutura do paraíso
Nahim José Aguiar mora em Porto Velho desde a década de 60 e sempre se identificou com a fauna amazônica. Não é por outro motivo que ele adquiriu a chácara Dois Riachos, em 2005, para realizar o objetivo de manter-se em harmonia com a Natureza. E que estrutura! São dois mil hectares que compõe a propriedade e muito espaço ainda pode ser explorado com responsabilidade, um dos princípios que adotados por Aguiar.
Além do plantio do Rambutan, frutas como tangerina, quincan (conhecida como laranja japonesa), araçá-boi, cacau-do-caribe, uvaia, limão, abacaxi embelezam o cenário típico de quem adota o simples ditado: só colhe quem planta.
A residência da chácara é aconchegante. Com dois pisos, sala, cozinha e quarto, mantém a tradicionalidade da vida no campo, com fogão à lenha e uma porta engenhosa que fecha automaticamente, devido ao peso de uma garrafa pet cheia de areia segurada por um barbante. Aos fundos, a floresta.
Para completar a beleza do local, que justifica a origem do nome da chácara, um riacho. Um, não. Dois em um. “São dois riachos que se encontram e formam uma piscina de água cristalina”, explica Aguiar, informando que a água é comprovadamente potável depois de um estudo feito por um laboratório em Manaus.
FONTE
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