segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Bexiga Hiperativa (BH)

 


A bexiga hiperativa (BH) é uma condição urológica que está ligada ao surgimento da necessidade súbita e urgente de urinar e também da vontade de urinar várias vezes ao dia e durante a noite. Em muitos casos, pode acontecer associada a um outro problema, que é a incontinência urinária. Ou seja, um vazamento da urina que acontece, por exemplo, quando a pessoa espirra, ri ou faz algum esforço físico.

Quais são as causas da bexiga hiperativa?

A bexiga hiperativa pode ocorrer quando os sinais nervosos transmitidos do cérebro para a bexiga não funcionam corretamente, sendo enviados em um momento em que a bexiga ainda não está cheia. Uma outra possível causa é quando os músculos na bexiga não estão muito ativos. Também existem fatores de risco que podem contribuir para a bexiga hiperativa, tais como:
  • Distúrbios neurológicos;
  • Doenças que afetam o cérebro ou a medula espinhal, como derrame e esclerose múltipla;
  • Obstrução urinária em homens com aumento prostático (por irritação na bexiga);
  • Alterações hormonais;
  • Fraqueza ou espasmos nos músculos pélvicos;
  • Infecção no trato urinário;
  • Efeitos colaterais de medicamentos.
Quais são os sintomas da bexiga hiperativa?
  • Urgência em urinar;
  • Aumento de frequência de idas ao banheiro para urinar;
  • Incontinência urinária noturna;
  • Incontinência de urgência.
Qual é a incidência da bexiga hiperativa?

A condição é mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens. Mudanças relacionados ao envelhecimento, como a alteração no tônus muscular, favorecem o desenvolvimento da bexiga hiperativa. Além disso, existem alguns grupos de pessoas que têm um risco maior as pessoas:
  • brancas;
  • com diabetes e que fazem uso de insulina; pessoas com depressão;
  • com mais de 75 anos;
  • com artrite;
  • que fazem terapia de reposição hormonal oral;
  • com sobrepeso ou obesidade.




Como é feito o diagnóstico da bexiga hiperativa?

Para o diagnóstico, é avaliado o histórico da pessoa, além de serem feitos exames físicos e de urina. Em alguns casos, mais exames podem ser necessários – como ultrassonografia renal e de vias urinárias, mensuração do resíduo pós-miccional, estudo urodinâmico e a cistoscopia – para excluir outros problemas que podem causar sintomas urinários, tais como:
Infecção; Formação de pedras na bexiga; Tumor de bexiga; Diabetes.

Quais são os tratamentos para a bexiga hiperativa?

O tratamento da bexiga hiperativa costuma ser efetivo e inclui medidas simples para evitar os sintomas, como a adoção de alguns hábitos. Porém, o médico pode receitar o uso de medicamento em alguns casos. O tratamento pode ser dividido em três fases:

Medidas comportamentais – restrição de ingestão de líquidos a partir de determinado horário e exercícios para reeducar a bexiga e o músculo pélvico;

Medicamentos – podem ser prescritos pelo médico com ou sem a adoção de medidas comportamentais;

Toxina botulínica – pode ser indicado um tipo específico de toxina botulínica para quem não teve resultado depois de 8 ou 12 semanas de tratamento comportamental e de 4 a 8 semanas de tratamento medicamentoso. Ou, ainda, para quem apresentou efeitos colaterais aos medicamentos e não foi beneficiado pelo tratamento comportamental.

Como prevenir a bexiga hiperativa?

Até o momento, não há nenhuma evidência científica sobre medidas preventivas. Mas, hábitos saudáveis podem reduzir os impactos da bexiga hiperativa, tais como: Manter o peso recomendado pelo médico; Não fumar; Evitar bebidas alcóolicas; Reduzir ingestão de chás, cafeínas, sucos cítricos e chocolate.

Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

Conteúdo produzido com apoio do Dr. José de Anchieta, médico urologista do Grupo Leforte.
Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.





O U T R A S      D I C A S      D E      S A Ú D E

Bexiga Hiperativa

Um estudo de 2014 sugeriu que os compostos do óleo de semente de abóbora tratam distúrbios urinários, sobretudo a chamada bexiga hiperativa.

O óleo de semente de abóbora é rico em ácidos graxos insaturados, especialmente ácidos graxos poliinsaturados. Essas substâncias são um dos compostos que produzem efeitos especiais no corpo. Um dos tipos de ácidos graxos necessários para o metabolismo é o ômega 6. Aued-Pimentel et al. (2004) Verificou-se que a composição do óleo de semente de abóbora é de cerca de 40% desse ácido graxo (ácido linoléico).

Além disso, o óleo de abóbora contém altos níveis de compostos antioxidantes, como vitamina E, especialmente gama-tocoferol.

O óleo de semente de abóbora é ajudar a prevenir Problemas de próstata e também auxilia o Sistema urinário.

Benefícios e Indicações
  • Ajuda a proteger a próstata;
  • Ajuda no tratamento de Hiperplasia Prostática Benigna (HPB);
  • Atuar na redução dos níveis de LDL colesterol e triglicerídeos.
  • Auxiliar na prevenção de doenças cardiovasculares (anti-hipertensivo e cardioprotetor);
  • Atua contra a ação dos radicais livres;
  • Reforça o sistema imunológico;
  • Amenizar sintomas que ocorrem na pós-menopausa;
  • Reduz a queda de cabelos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Xarope de Beterraba crua


Xarope de Beterraba crua
Receita:
1 beterraba crua fatiada
2 colheres de açúcar ou mel (ou 1 xic; de rapadura ralada)

Modo de Fazer:
Coloque as fatias de beterraba em um pote de vidro, cubra com o açúcar e feche com a tampa. Após 24h, tome 1 colher de sopa do caldo (xarope) que se resulta, 3x ao dia.

DICAS: acrescente gengibre, cravo, canela em rama, alecrim, casca de laranja ou de limão, açafrão, abacaxi, maçã, folha de louro...


O xarope de beterraba não substitui o tratamento médico.

O xarope contem:

 betalaínas que tem propriedades antioxidante, antiproliferativo, cardioprotetor, antimicrobiano, anticancerígeno, hipolipemiante, antidiabético, hepatoprotetor, anti-inflamatório, antianêmicas, anti hipertensivas, anti-inflamatórias que podem reduzir os danos causados nas células pelos radicais livres, diminuindo a proliferação das células de câncer de mama, próstata, esôfago e fígado; e, ainda nitratos, compostos fenólicos, carotenóides, ácido ascórbico, ferro, vitamina C, e vitaminas do complexo B, podendo ser utilizado para auxiliar no tratamento de tosse, asma ou bronquite, Gripes e resfriados, Anemia.

 Outros benefícios
Também pode ser usado para melhorar o desempenho físico, por ser rico em nitratos, potássio e cálcio. Vale lembrar que a beterraba é fonte de vitamina A, importante para manter a integridade da visão. Além disso, seus antioxidantes trabalham contra o estresse oxidativo, responsável pelo envelhecimento precoce da pele e dos órgãos.

Por fim, os esportistas costumam amar o alimento. A ingestão do suco de beterraba como pré-treino ficou famosa após um estudo realizado em 2009 por cientistas da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Nele, os pesquisadores fizeram ciclistas beberem meio litro da bebida antes de pedalarem. Como resultado, os voluntários conseguiram percorrer uma distância 16% maior.


 Contraindicações
Por levar açúcar ou mel, ingredientes que aumentam os níveis de glicose no sangue, o xarope de beterraba não é recomendado para pessoas com diabetes (apenas com liberação médica).





8 benefícios da beterraba e como fazer receitas saudáveis

A beterraba é uma raiz tuberosa de sabor doce e de cor vermelha intensa. Além de ser um alimento super nutritivo, ela traz diversos benefícios para a saúde.

Por exemplo, adicionar o vegetal na dieta contribui para a prevenção da anemia, para tratar a hipertensão e proteger o corpo contra vários tipos de câncer.

A beterraba possui alta concentração de ferro e, por isso, age contra a anemia
(Foto: depositphotos)

Além disso, o alimento tem a vantagem de poder ser consumido cozido ou cru, seja em saladas ou como ingrediente principal do suco de beterraba.

Para ajudar você a colocar de vez esse vegetal no seu cardápio, a nutricionista Janiele da Silva Rodrigues destacou alguns dos principais benefícios dessa raiz e como ela pode ser consumida. Confira!

8 benefícios da beterraba para a sua saúde

Segundo a profissional em nutrição esse “é um vegetal que se destaca pela sua riqueza em ferro, tanto na raiz quanto nas folhas”.

É uma ótima fonte de potássio, magnésio, vitaminas do complexo B , C e ácido fólico. Ainda são encontrados zinco, carboidratos, proteína e fibras. O vegetal cru apresenta quantidades expressivas de cálcio e fósforo.


1. Protege o cérebro

A beterraba é rica em componentes que ajudam a proteger o cérebro contra doenças degenerativas, impedindo os efeitos negativos da degradação (oxidação) das células cerebrais.

O vegetal não apenas reduz os riscos de desenvolver, por exemplo, a doença de Parkinson, um problema neurodegenerativo, como também diminui os sintomas físicos dela, como tremores e perda de equilíbrio.

A raiz oferece um estímulo à memória, melhorando a comunicação entre os neurônios, reduzindo também os riscos de desenvolver o mal de Alzheimer.

2. Ajuda a controlar a pressão arterial

Janiele também destacou que as “pessoas com a pressão arterial alta podem se beneficiar do consumo regular da beterraba, devido ao seu alto teor de nitrato, que auxilia na regulação da pressão arterial”.

O que acontece é que esse composto é um vasodilatador. Ou seja, um componente que tem a capacidade de manter os vasos sanguíneos expandidos, o que facilita a passagem do sangue por eles.

A raiz provoca um relaxamento dos músculos lisos, em um processo que além de reduzir a pressão, também melhora a circulação sanguínea.

3. Reduz o colesterol ruim

A profissional em nutrição explicou ainda que a beterraba é um alimento que promove a redução do nível do mau colesterol e que isso ocorre devido a presença de substâncias conhecidas como carotenoides e flavonoides, dois corantes naturais com efeito antioxidante.

O consumo do vegetal é associado à diminuição nos níveis totais de colesterol e triglicerídeos no sangue, além de apresentar uma redução dos riscos de desenvolver problemas cardiovasculares.

4. Previne e trata a anemia

O vegetal é eficaz tanto na prevenção, como no tratamento da anemia.

A profissional em nutrição informou que isso acontece porque “a beterraba é muito rica em ferro, dessa forma ajuda a prevenir a anemia e o baixo nível de hemoglobina no sangue”.

A deficiência de ferro faz com que o organismo não consiga produzir toda a hemoglobina que precisa para se manter de maneira saudável.

O resultado é que o sangue fica “fraco” e ocorrem os sintomas característicos da doença, que costumam ser: cansaço, dor de cabeça, fraqueza, irritabilidade e vontade de comer coisas estranhas, como terra e papel.

Além do mais, ingerir a beterraba aumenta a absorção do ferro presente em outros alimentos, já que por ser rica em vitamina C ela faz com que esse mineral seja melhor aproveitado pelo organismo.

5. Desintoxica o fígado

Conforme explicou Janiele, “o suco de beterraba é altamente eficaz em ajudar no processo de desintoxicação, devido a betaína, metionina e glicina, que são substâncias presentes na raiz”.

Eles agem estimulando o funcionamento das células hepáticas, favorecendo assim o descarte de toxinas.

Esse efeito detox serve para proteger o fígado contra os danos que as substâncias tóxicas acumuladas podem causar a ele, evitando vários tipos de doenças, como a hepatite.

6. Protege contra o câncer

A beterraba previne contra vários tipos de câncer devido a sua composição rica em antioxidantes e antiproliferativos. Os antioxidantes, principalmente a glicina, apigenina, betaína e os flavonoides, são capazes de prevenir os danos causados pela oxidação celular que podem evoluir para câncer.

Já os compostos anti-proliferativos, impedem que as células doentes (cancerígenas) comecem a se multiplicar desreguladamente, formando tumores e se espalhando para outros tecidos.

O extrato de beterraba consegue controlar a proliferação das células de vários tipos de câncer, como de mama, próstata, pele, fígado, bexiga, cólon, pâncreas e da leucemia.
7. Favorece o desenvolvimento do feto durante a gravidez

Esse é “um dos melhores alimentos para gestantes, por ser abundante em ácido fólico (folato), nutriente imprescindível para a formação adequada da medula espinhal de um feto”, apontou Janiele.

Mulheres que consomem boas quantidades de ácido fólico, antes mesmo de estarem grávidas, têm menos chances de terem um bebê com alguma malformação congênita do sistema nervoso central, como anencefalia (quando o cérebro não se forma) e mielomeningocele (medula exposta).

O nutriente auxilia na prevenção de problemas cardiovasculares e estimula a produção dos anticorpos, que é um dos tipos mais comuns das células de defesa do organismo.

8. Auxilia na perda de peso

Por último, mas não menos importante, comer esse vegetal favorece a eliminação daqueles quilinhos extras que estão incomodando e isso acontece por causa da composição da raiz, que é rica em fibras e tem um baixo valor calórico.

As fibras alimentares encontradas no vegetal fazem com que ele aumente a saciedade. Dessa maneira, você sente menos fome ao longo do dia.


Tabela nutricional da beterraba crua
Porção de 100 gramas Quantidade por porção
Valor energético 49 Kcal
Proteína 1,9 g
Colesterol –
Carboidrato 11,1 g
Fibra 3,4 g
Cálcio 18 mg
Fósforo 19 mg
Ferro 0,3 mg
Sódio 10 mg
Potássio 375 mg
Vitamina C 3,1 mg
Magnésio 24 mg

* Valores diários de referência com base em uma dieta de 2000kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. Dados retirados do TACO, edição revisada e ampliada.

Tabela nutricional da beterraba cozida
Porção de 100 gramas Quantidade por porção
Valor energético 32 Kcal
Proteína 1,3 g
Colesterol –
Carboidrato 7,2 g
Fibra 1,9 g
Cálcio 15 mg
Fósforo 30 mg
Ferro 0,2 mg
Sódio 23 mg
Potássio 245 mg
Vitamina C 1,2 mg
Magnésio 17 mg

* Valores diários de referência com base em uma dieta de 2000kcal ou 8400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. Dados retirados do TACO, edição revisada e ampliada.

Como consumir: 4 receitas com a beterraba

A beterraba é um vegetal bastante versátil e pode ser comida crua ou cozida. No entanto, a nutricionista alerta: “se cozida, a melhor maneira de se preparar é a vapor, para preservar mais os nutrientes do alimento”.

Já na versão crua é necessário higienizar bem antes de usar. Conheça algumas receitas:
Smoothie de beterraba
(Foto: depositphotos)

Ingredientes
1 beterraba pequena
½ maçã
½ xícara de frutas vermelhas congeladas
½ banana madura
Gelo.

Modo de preparo

Lave a beterraba e a maçã, corte em cubos, bata junto com todos os outros ingredientes no liquidificador e pronto. O smoothie estará pronto para ser servido!

Salada crua de beterraba

(Foto: depositphotos)

Ingredientes 2 beterrabas médias
1 cenoura média
1 colher (de sopa) de salsinha ou coentro
¼ de xícara de suco de limão
1 pitada de cominho
1 colher (de sopa) de azeite
Sal e pimenta-do-reino a gosto.

Modo de preparo

Rale as beterrabas e a cenoura na parte grossa do ralador e reserve. Em seguida misture o suco de limão, o azeite, o cominho, o sal e a pimenta para preparar o molho.

Feito isso, basta colocar os vegetais e a salsinha em uma tigela e jogar o molho por cima e a salada estará pronta. Bem simples, não é?

Sopa de beterraba
(Foto: depositphotos)

Ingredientes 3 beterrabas grandes
2 xícaras e ½ de caldo de legumes
2 dentes de alho
1 colher (de chá) de azeite
Sal e pimenta-do-reino a gosto.

Modo de preparo

Cozinhe a beterraba no vapor até ficar bem macia. Em seguida bata no liquidificador com metade do caldo de legumes e reserve.

Refogue o alho no azeite. Quando estiver dourado, acrescente a beterraba, o resto do caldo de legumes e tempere com sal e pimenta. Deixe a sopa ferver por alguns minutos e está pronta para ser servida.
Bolo de beterraba
(Foto: depositphotos)

Ingredientes 4 ovos
2 colheres (de sopa) de manteiga
1 xícara e ½ de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de amido de milho
1 beterraba grande
1 colher (de sopa) de fermento químico
1 xícara de água filtrada.

Modo de preparo

O primeiro passo é descascar e cortar a beterraba em pedaços pequenos e levar ao liquidificar com a água até estar tudo bem processado. Em seguida coloque as gemas, a manteiga e o açúcar em uma tigela e bata até virar um creme.

Peneire o trigo, o amido e o fermento e acrescente no creme. Misture devagar, sempre intercalando com o suco de beterraba. Por fim, bata as claras em neve e adicione de maneira delicada à massa.

Coloque tudo em uma fôrma untada e enfarinhada em forno médio por 50 minutos e o bolo estará pronto.
Como escolher e armazenar a raiz?

Após descobrir todos esses benefícios e receitas deliciosas com a beterraba não é de espantar que você queira adicioná-la no cardápio da família. Mas você sabe como escolher e armazenar o vegetal?

É bem simples! A raiz deve estar firme e com um tom de vermelho bem intenso. Não deve ter nenhuma rachadura, brotos ou a casca meio murcha.

Não escolha raízes muito grandes, porque essas costumam ser mais fibrosas por terem passado do ponto para colheita.

As beterrabas devem ser armazenadas na parte de baixo da geladeira, embaladas em um saco plástico com pequenos furos para circulação de ar, por até 15 dias.

Já para congelar elas devem ser cozidas e embaladas à vácuo. Dessa maneira elas podem ser armazenadas por até 8 meses no congelador ou freezer.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

Benefícios do milho para a saúde


Cereal apreciado em diferentes países, o milho tem lugar cativo no Brasil por sua facilidade de cultivo. Além disso, seu consumo possui forte relação com a cultura brasileira, especialmente, nos festejos juninos. Já imaginou uma festa de São João sem iguarias típicas como canjica, bolo de fubá ou espiga assada? Difícil, não é?! Nem mesmo o fim das comemorações juninas diminui a popularidade do milho na região Nordeste. Receitas tradicionais como cuzcuz, pamonha, curau ou a espiga cozida comprovam o apreço pela versatilidade culinária desse grão.

Fonte de energia, o milho também é rico em fibras presentes em sua casca, que ajudam eliminar as toxinas do organismo. Por isso, é considerado um alimento funcional, auxiliar do bom desempenho do intestino, da absorção lenta de carboidratos (glicose), da captação de minerais pelo intestino e ainda da manutenção de níveis saudáveis de colesterol. Além disso, é um alimento importante do ponto de vista nutricional, tendo valor calórico formado por 2% de proteínas, 14,5% de carboidratos e apenas 1% de gorduras.

Os grãos de milho também possuem quantidade significativa de vitaminas B1 e E, e sais minerais.


Essas razões fazem do milho um ótimo alimento para consumo no dia a dia, inclusive na hora do lanche, pois sacia a fome e nutre o organismo. Use sua criatividade e desfrute os diversos preparos proporcionados por esse grão: em saladas, mistura com outros grãos (arroz, ervilha, fava, lentilha), recheio de tortas, complemento de carnes, entre outras possibilidades.



Vistoso e nutritivo, o milho está presente em diversas - e saborosas - receitas do nosso dia a dia. São pratos salgados, saladas, sobremesas e até a mais prática e versátil pipoca. O milho aparece assado na espiga, polenta, curau... Tem para todos os gostos!



O que pouca gente sabe, entretanto, é que, além de delicioso, o cereal é bastante nutritivo e, agora, é possível encontrar milho em conserva livre de sal e açúcar, em versão natural, apenas imerso em água, preservando suas propriedades.

De acordo com a nutricionista Bianca Naves, da Predilecta, o milho pode ser considerado um superalimento, pois além dele ser fonte de energia, devido aos carboidratos, tem na sua composição antioxidantes, vitaminas, minerais e fibras alimentares, que são importantes aliados na manutenção da saúde. "Os carotenoides presentes no milho ajudam no combate aos radicais livres, fortalecem o sistema imunológico, além de auxiliar na proteção de doenças degenerativas oculares, como a catarata, por conta da luteína e da zeaxantina. Já as fibras alimentares ajudam a conferir a sensação de saciedade, reduzir os níveis de colesterol, controlar o açúcar no sangue e melhorar o trânsito intestinal", informa Bianca.

Outros componentes importantes no milho são as vitaminas do complexo B (B1, que favorece as funções cerebrais, como a memória; B3 ou niacina, que previne e trata o colesterol alto; e a vitamina B6, conhecida também como piridoxina, que atua no metabolismo das proteínas), são encontradas também vitaminas A e E. Com relação aos minerais, são encontrados em maior quantidade magnésio, fósforo e cobre, essenciais para saúde óssea e cardiovascular. Já o zinco auxilia o funcionamento do sistema imunológico, enquanto o potássio é importante para o controle da pressão arterial e saúde do coração.

Consumo de milho para prevenção de doenças - O consumo regular de milho, e não só dos alimentos derivados do milho, pode contribuir para a prevenção de doenças crônicas. "Isso porque os seus componentes, como os fitonutrientes (antioxidantes), têm como função combater principalmente os radicais livres, protegendo o corpo de várias doenças crônicas, inclusive o câncer. Esses antioxidantes têm agentes anticancerígenos como o ácido ferúlico, que pode combater tumores da mama e fígado".

Dessa forma, consumir óleo do milho, que possui um antiaterogênico no LDL, pode contribuir para reduzir a prevalência de doenças do coração. Além disso, pode previnir placas de gorduras nas artérias. "Mas vale lembrar que, para não perder as propriedades, esse óleo não deve ser aquecido até altas temperaturas", ressalta Bianca.

A grande quantidade de vitamina A presente no milho melhora o aspecto da pele, tornando-a mais brilhante, além de ajudar na visão noturna. O betacaroteno torna os cabelos, unhas, pele e membranas mucosas mais fortes e saudáveis.




fonte



quarta-feira, 17 de junho de 2020

Ingá: fruta ajuda na prevenção de doenças


Uma fruta que não é muito comum nos supermercados, mas pode entrar tranquilamente na sua alimentação. Este é o ingá, fruto de uma árvore chamada ingazeira. Ele conta com propriedades que fazem bem para a saúde por ser rico em nutrientes essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.

No citação indígena, a palavra ingá significa embebido ou ensopado, em referência à polpa, meio aquosa. Mais comum na Amazônia, a fruta pode ser encontrada pelo nome mais popular de ingá-do-mato e ingá-verdadeiro. Fora do Brasil, ela é comum em qualquer outro país da América do Sul, como Peru, Colômbia, Equador e Venezuela.

Espécies

Em geral, a ingaz, que pode chegar a medir 15 metros de altura, dá mais uma vez por ano, podendo ser mais diferentes de 300 espécies, a maioria delas presentes na Floresta Amazônica.




Benefícios

Um dos principais benefícios do consumo de ingá é o fato de que os problemas sérios podem surgir na região - como glaucoma. Isso acontece por conta da grande concentração de vitamina A em sua composição, nutriente responsável pela proteção da córnea - tecido transparente localizado na parte anterior do olho, que recebe e transmite luz

Além disso, a fruta também aparece como uma ajuda para o tratamento e como prevenção de problemas de cabeça e de proteção. Prevenção contra problemas na visão, fortalecimento dos ossos e combate ao câncer também estão entre os seus principais benefícios.

O fruto do ingazeiro possui propriedades terapêuticas que são adstringente, antiartrítica, antirreumática e disentérica.

Ele é usado na medicina popular, principalmente nos rincões brasileiros, para alívio de reumatismo, problemas intestinais, disenteria e dores de cabeça. Suas cascas são empregadas para controlar a diarreia.

O fruto é consumido in natura, mas pode ser usado em mousses, sucos e sorvetes. Seu aproveitamento em variadas receitas é pouco popular, mas vem conquistando seu espaço aos poucos.

Valor Nutricional do Ingá

Contém uma infinidade de nutrientes vitais para o corpo, como proteínas, cálcio, ferro, potássio, vitamina C, beta-caroteno e principalmente carboidratos. Esta riqueza de nutrientes faz com que seja uma fruta muito saudável e beneficiando. 100 g dá-lhe cerca de 82 calorias, e contém 4% de gorduras e proteínas 1%. Ela também contém elementos essenciais, como fibras dietéticas e compostos fenólicos.

Outros Benefícios do Ingá Para Saúde

Os flavonoides presentes no Ingá também podem, segundo evidências preliminares, ajudar a melhorar o fluxo sanguíneo, melhorando o seu funcionamento, incluindo áreas que envolvem a função cognitiva;

O Ingá é um fruto denso nutriente que ajuda a melhorar a saúde geral do corpo;

Estudos ligaram o consumo desta fruta não combate e prevenção de doenças como demência e Alzheimer;

Esta fruta também auxilia no processo de extração de energia ao estimular o processo de metabolismo de diferentes nutrientes;

A fruta também é chamado de “fruto da memória ‘. Por possuir alta quantidade de potássio e pectina melhora as funções cognitivas do corpo e melhora a memória;

Nutrientes presentes no Ingá agem como um importante participante ou co-fator em várias reações químicas que tomam lugar no corpo;

Graças aos minerais e ingredientes ativos desta fruta, como o potássio, o betacaroteno e a pectina, essa fruta é capaz de aumentar o fluxo sanguíneo;

O Ingá possui enzimas que digestivas que são eficazes no combate a prisão de ventre;

O Ingá também é rico em cálcio. O cálcio é um mineral que é essencial para as pessoas que querem ter ossos fortes e saudáveis;

Estudos descobriram que o Ingá é capaz de aumentar a resistência e estimular o metabolismo, o que pode proporcionar um impulso em seus níveis de energia;

O seu perfil rico em nutrientes que consiste em vitaminas e minerais vitais ajudam a manter as funções do corpo apropriadas;

Antioxidantes presentes na fruta ajudam no combate e prevenção de tumores cancerígenos;

O consumo regular de uma porção de Ingá em sua dieta reduz o risco de formação de hemorroidas;

As propriedades cardiotônicas presentes no Ingá, fazem dele, um dos melhores alimentos para baixa a pressão;

O Ingá é um fruto muito incrível! Isso porque ele possui alto teor de taninos.

Benefícios do Ingá Para Saúde

1. Combate Dores:

Assim como no caso das dores causadas pelo reumatismo e artrite, consumir o ingá pode ajudar a aliviar todos os tipos de dores no corpo em geral. Portanto, se você sentir qualquer desconforto neste sentido, pode contar com a fruta para ser a sua aliada no alívio dos sintomas.

2. Previne a Artrite:

Se você é predisposta a desenvolver inflamações, como é o caso da artrite, saiba que consumir o ingá também pode ajudar neste sentido. Isso porque a fruta possui propriedades anti-artríticas, o que significa que ela pode prevenir o desenvolvimento da doença, além de evita crises no caso de pacientes já diagnosticadas.

3. Trata o Reumatismo:

Se é uma paciente reumática diagnosticada, talvez goste de saber que comer o ingá regularmente pode ajudar a aliviar os sintomas e dores provocadas pelo problema, evitando crises mais graves da doença.

4. Combate Problemas Intestinais:

O ingá possui propriedades desintéricas, o que significa que inseri-lo diariamente na sua alimentação pode ajudar a melhorar o sistema gastrointestinal, combatendo diversos problemas, dentre eles, a diarreia.

5. Trata Dores de Cabeça:

Devido às suas propriedades adstringentes, o ingá pode ajudar a prevenir e tratar dores de cabeça e enxaquecas. Portanto, se você sofre com o problema e desde que não seja causado por quadros clínicos mais graves, pode consumir a fruta para aliviar os sintomas.

6. Aumenta a Imunidade:

O alto conteúdo dos Antioxidantes nas frutas tropicais faz com que ele impulsione a imunidade.

7. Previne a Artrite:

Se você é predisposta a desenvolver inflamações, como é o caso da artrite, saiba que consumir o Inga também pode ajudar neste sentido. Isso porque a fruta possui propriedades anti-artríticas, o que significa que ela pode prevenir o desenvolvimento da doença, além de evita crises no caso de pacientes já diagnosticadas.

8. Previne o Câncer:

Os Antioxidantes que se encontram nessas frutas ajudam na prevenção do câncer . Os compostos que incluem ácido gálico, quercetina com flavonol e epicatequina são anti-câncer e anti-inflamatórios.

9. Ingá Para Perda de Peso:

Esta fruta tem um sabor que é comparado ao sorvete de baunilha. É usado como um agente aromatizante em diferentes tipos de sobremesas por pessoas saudáveis ​​e conscientes do peso, pois é de baixo teor de gordura.

10. Benefícios do Ingá Para uma Melhor Saúde:

O alto conteúdo de vários nutrientes nesta fruta torna uma boa escolha em uma dieta saudável. Snacking no sorvete de feijão pode melhorar sua saúde geral. Você achou este artigo útil? Compartilhe seus comentários conosco na seção de comentários abaixo.

11. Baixar os Níveis de Colesterol:

O sorvete é adequado para pessoas com níveis elevados de colesterol. Se você deseja evitar colesterol e gorduras saturadas em sua dieta, esta é a alternativa ideal.

12. Ingá Promove a Saúde do Cabelo:

Se você quiser prevenir a queda de cabelo, manter o seu cabelo saudável e brilhante, o consumo regular de Ingá pode te ajudar. Isso porque é rico em vitaminas e minerais que são essenciais para saúde geral do couro cabelo.

13. Benefício da Ingá Para Saúde da Pele:

Possui uma quantidade significativa de vitamina E. A vitamina E possui um papel de suma importância para saúde da pele, já que ela pode dar brilho e prevenir doenças que podem surgir na pele.

14. Combate Inflamações:

O Ingá é um fruto muito incrível! Isso porque ele possui alto teor de taninos. Esses taninos são os principais elementos para combater inflamações que podem surgir no corpo.

15. Combate a Prisão de Ventre:

O Ingá possui enzimas que digestivas que são eficazes no combate a prisão de ventre. Além disso, se você quer se prevenir da prisão de ventre, consuma regularmente para não sofrer desta condição.

Colheita

Após o plantio, a ingazeira começa sua frutificação entre 3 a 4 anos (tempo variável de acordo com a temperatura). A floração acontece entre agosto e dezembro, permitindo uma visualização de suas belas flores brancas. A época de colheita do ingá ocorre entre novembro e fevereiro.

FONTE


quinta-feira, 7 de maio de 2020

Bexiga Hiperativa ou Síndrome de Urgência



A Bexiga Hiperativa se refere a uma síndrome clínica caracterizada pela presença de urgência miccional, frequentemente associada ao aumento de frequência e noctúria, acompanhada ou não de incontinência urinária, na ausência de fatores metabólicos, infecciosos ou locais.

A prevalência dos sintomas da Bexiga Hiperativa na população adulta de ambos os sexos chega a 17%, sendo que na mulher, durante o período de atividade menstrual pode apresentar uma prevalência entre 8 a 50%, evoluindo com o aumento da idade e atingindo até 80% das idosas institucionalizadas. Observa-se que na população masculina, a patologia muitas vezes pode estar associada à hiperplasia prostática benigna e consequente obstrução infravesical.

A patologia compromete sobremaneira a qualidade de vida dos portadores, sendo utilizadas como modalidades terapêuticas o tratamento farmacológico e as terapias conservadoras.

O tratamento conservador vai ter papel fundamental utilizando uma abordagem integrada, incluindo intervenções no estilo de vida (terapia comportamental), exercícios da musculatura do assoalho pélvico com ou sem o biofeedback, treinamento vesical, e eletroestimulação perineal ou periférica do nervo tibial.

O que é a Bexiga Hiperativa?

A Bexiga Hiperativa ou Síndrome de Urgência, é uma doença que pode afetar ambos os sexos, em qualquer idade, tendo causa multifatorial, sendo definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS), como uma doença do trato urinário inferior, caracterizada por uma urgência miccional, com ou sem incontinência, comumente acompanhada por polaciúria e noctúria, ocorrendo na ausência de fatores metabólicos, infecciosos ou locais.

Causas da Bexiga Hiperativa

A Bexiga Hiperativa não possui uma causa específica, podendo ocorrer devido a:
  • Alterações neurogênicas – como lesões medulares, Esclerose Múltipla, Parkinson, Alzheimer, e doença vascular cerebral;
  • Alterações não neurogênicas – como obstrução urinária, cirurgia pélvica anterior, hipersensibilidade aferente, defeito anatômico, alterações na inervação e no músculo detrusor;
  • Casos idiopáticos, que são aqueles que não tem uma causa identificada e específica – como condições emocionais de ansiedade, estresse e depressão.
Sintomas apresentados na Bexiga Hiperativa

Os sintomas da Bexiga Hiperativa incluem urgência, frequência, urge-incontinência, noctúria, disúria e hesitação pré-miccional secundária a uma frequência urinária aumentada, diminuição de jato urinário, baixo volume urinado por micção, polaciúria, micção em dois tempos e micção por contração involuntária do detrusor.

Bexiga Hiperativa tem cura? 

Os sintomas da Bexiga Hiperativa podem ser controlados com sucesso através do fortalecimento da musculatura pélvica, do treino da bexiga, de medicações, dentre outros.

O diagnóstico é feito através do diário miccional e do estudo urodinâmico.

O diário miccional é utilizado como um aliado no diagnóstico, na avaliação inicial e final do tratamento, afinal proporciona uma forma de reeducação na conscientização do paciente sobre seus vícios urinários e o funcionamento do seu trato urinário. Sabe-se que os registros no diário miccional com mais precisão são os de menor período de tempo, como os de três dias que apresentam boa validade e confiabilidade.

O estudo urodinâmico procura avaliar a presença da contração involuntária do músculo detrusor e outros parâmetros durante a fase da cistometria. Caso seja observada a contração, vai ser denominada hiperatividade do detrusor, que pode ter origem neurogênica ou idiopática (mais de 90% dos casos a hiperatividade do detrusor é idiopática).

É imprescindível a realização do diagnóstico diferencial, principalmente com corpo estranho vesical, cistite intersticial, uretrite, divertículo uretral, fístula urinária, e infecção do trato urinário.

Tratamento fisioterapêutico para Bexiga Hiperativa

Como uma abordagem inicial a fisioterapia é recomendada de forma individual ou combinada com a cirurgia como terapia coadjuvante, com o tratamento medicamentoso, ou naqueles casos em que a cirurgia ou os medicamentos não obtiveram êxito e também nos casos em que foram rejeitados pelo paciente.

De forma geral, a fisioterapia, vai incluir cinesioterapia específica com o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, terapia comportamental, eletroestimulação vaginal, e exercícios de Kegel.

Evidências científicas observaram que o acompanhamento supervisionado por fisioterapeuta promove uma maior aderência na realização do tratamento quando comparado ao treinamento domiciliar sem supervisão.






Treinamento dos músculos do assoalho pélvico

O treinamento da musculatura do assoalho pélvico através de cinesioterapia é baseado na capacidade de contração dos músculos de forma a inibir, através de mecanismo reflexo, a contração do detrusor. Portanto, apresenta como princípio as contrações voluntárias e repetitivas do assoalho pélvico, aumentando a força muscular e, consequentemente, a continência urinária pelo estímulo da atividade do esfíncter uretral, sendo efetivo para a urge-incontinência na medida em que reforçam o reflexo de contração do assoalho pélvico, causando inibição da contração do detrusor.

É um método que não apresenta contraindicações e nem efeitos colaterais, sendo realizado em grupo ou individualmente, com resultados eficazes para a melhora ou cura de muitos casos.

Apresenta vários benefícios como melhora, restauração e manutenção de força, resistência à fadiga, relaxamento, melhora no controle esfincteriano pela contração correta, aumento do recrutamento das fibras musculares do tipo I e II, coordenação muscular, e estímulo da funcionalidade inconsciente de contração simultânea do diafragma pélvico que leva ao aumento do suporte das estruturas pélvicas e abdominais prevenindo futuras distopias genitais.

A cinesioterapia pode ser realizada em diversas posições, como em decúbito dorsal com os membros inferiores estendidos, fletidos, sentada, em pé e com a evolução, pode-se associar aos movimentos resistidos, dentro outros.
Terapia comportamental

A terapia comportamental é um procedimento eficiente, que além de não apresentar efeitos colaterais, ainda é de baixo custo, podendo ser utilizada como um procedimento único ou adjunto ao tratamento cirúrgico ou medicamentoso.

São utilizadas técnicas que analisam a alteração da relação do sintoma do paciente e seu ambiente para que se desenvolva a modificação de possíveis maus hábitos miccionais. Compreende a reeducação vesical, diário miccional, educação em relação ao hábito urinário, exercícios do assoalho pélvico (com ou sem biofeedback), orientações para a dieta e ingesta, e estratégias para o controle do desejo miccional. Dessa forma se refere a associação de técnicas, que têm como princípio a educação do indivíduo sobre a sua patologia, desenvolvendo estratégias para minimizar ou eliminar a doença.

Em um estudo realizado com mulheres portadoras do diagnóstico ao estudo urodinâmico de incontinência urinária de esforço (n=88), bexiga hiperativa ou incontinência urinária mista (n=35), as mesmas foram randomizadas para um programa de reeducação vesical ou acompanhamento sem implementação da reeducação vesical (grupo controle).

Concluiu-se após o período de seis semanas que o grupo que havia sido submetido à intervenção relatou melhora significativa nos episódios de incontinência urinária em detrimento do grupo controle (12% reportaram ausência de perda de urina e 75% relataram redução em 50% na queixa de incontinência urinária).


Eletroestimulação Vaginal

A eletroestimulação vaginal utiliza eletrodos vaginais, sendo utilizado com uma frequência de corrente baixa (5 a 20Hz).

Ocorre uma reorganização do sistema nervoso central, de forma a inibir as contrações involuntárias do detrusor, diminuir o número de micções, aumentar a capacidade vesical, determinar o aumento de força de contração do músculo elevador do ânus e do comprimento funcional da uretra, e melhorar a transmissão neural intra-abdominal. Isso ocorre pela estimulação do nervo pudendo, que ativa por via reflexa os neurônios simpáticos inibitórios (pela ativação do nervo hipogástrico) e inibe os neurônios parassimpáticos excitatórios (nervo pélvico).




Exercícios de Kegel

Os recursos utilizados na fisioterapia originaram-se em 1940 e 1950, com Arnold Kegel, médico ginecologista, referentes às associações de fortalecimento muscular do assoalho pélvico e a função de continência. Nos seus estudos, Kegel obteve 84% de cura realizando um protocolo que incluía palpação vaginal, observação clínica da contração voluntária dos músculos do assoalho pélvico e o uso do perineômetro para mensurar a pressão vaginal na realização dos exercícios.

Kegel recomendava a realização de numerosas contrações simples dos músculos pubococcígeos diariamente. Mas embora tenha recomendado a realização de até trezentas contrações diárias com a finalidade de promover o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, pesquisas recentes acabaram indicando que um menor número de repetições podem ser igualmente ou até mesmo mais eficazes.

Exercícios de fisioterapia para Bexiga Hiperativa em jovens

Os exercícios realizados para o tratamento da Bexiga Hiperativa devem seguir o princípio da reeducação das pressões intra-abdominais com a reestruturação da bacia pélvica, para o desenvolvimento maior da consciência e atividade da musculatura do assoalho pélvico aumentando o controle das funções esfincterianas.

É importante dar início aos exercícios somente após uma avaliação detalhada; sempre realizando atividades que promovam o treinamento de ambos os tipos de fibra muscular (fibras lentas e rápidas). Também deve-se procurar normalizar as tensões músculo-aponeuróticas antes do treinamento muscular, e promover o rearranjo do equilíbrio entre o recinto abdominal e pélvico, bem como da dinâmica respiratória durante a realização do treino.

Os exercícios podem ser realizados em diferentes posições, sendo que pesquisas com eletroneuromiografia indicaram uma maior atividade na postura em decúbito dorsal, diminuindo progressivamente para a postura sentada e em ortostase. Portanto é importante a evolução dos exercícios nas diferentes posturas, lembrando de realizá-los numa harmonização respiratória, incentivando a respiração associada às contrações e relaxamento.

Os treinos devem ser estimulados tanto como uma prática preventiva, como terapêutica, em todas as fases da vida, afinal, além de tratar a patologia acabam produzindo uma série de benefícios à sexualidade por causa do aumento da vascularização local, da força e tonicidade muscular, estimulação da excitação sexual, conscientização de sensações que conduzem à descarga orgásmica, proporcionando autoestima e busca do próprio prazer.

Observam-se na literatura especializada uma grande variedade de protocolos de exercícios de treinamento do assoalho pélvico, em relação ao tempo de duração e relaxamento de contrações, número de repetições e sessões, tipos de contração muscular, tempo total de tratamento, associação com outras técnicas, e orientação fornecida aos pacientes. Portanto, o ideal é sempre levar em consideração os aspectos individuais de cada paciente.

Em relação à prescrição de exercícios para o treino do assoalho pélvico são encontradas as seguintes variáveis na literatura: uma variação de 4 a 15 no número de séries, com contrações voluntárias máximas, e tempo contração/relaxamento variando de 3/10; 5/10; 6/6; 10/20 (segundos de contração/repouso). Ainda com número de contrações diárias variando de 30 a 200, e tempo de treinamento variando de oito semanas a seis meses.

Restrições de exercícios físicos para seu paciente com Bexiga Hiperativa

O aumento da pressão intra-abdominal e consequentemente a sensação de enchimento vesical, interferem na habilidade de suprimir a contração detrusora, podendo ser ocasionado quando o indivíduo corre para o toalete em resposta à urgência miccional, portanto, é importante instruir o paciente a evitar correr para o toalete, permanecendo calmo e relaxado.

Evitar a realização de exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico em associação com a contração dos seus músculos acessórios, principalmente os adutores e glúteos, pois pode implicar no reforço da percepção de contração desses músculos e na inabilidade do recrutamento da musculatura do assoalho pélvico de forma devida.

Nos casos em que os pacientes apresentam manobra de valsalva ou apnéia inspiratória durante a realização dos exercícios, é aconselhável a associação dos exercícios com outras técnicas proprioceptivas para favorecer o feedback necessário para que o indivíduo tenha consciência da função, pois a falta de percepção da contração de forma satisfatória pode ser um motivo para a desmotivação na realização do tratamento.

É aconselhável que o treino de força, coordenação e habilidade sejam realizados somente após a normalização do tônus muscular, pois algumas regiões da parede vaginal podem estar com um aumento de tonicidade muscular, portanto, devem serem utilizadas técnicas que normalizem as tensões como exercícios de relaxamento, conscientização e flexibilidade.

Cuidados especiais que você deve ter com seu paciente com Bexiga Hiperativa

No uso de eletroestimulação vaginal alguns autores referem que podem ocorrer efeitos indesejáveis como dor, sensação desagradável, irritação vaginal e infecção urinária.

Devido aos fatores inconvenientes no uso da eletroestimulação, e por causa das contraindicações, como em crianças, gestantes, mulheres virgens e atrofia vaginal, pode-se utilizar a estimulação do nervo tibial posterior através de eletrodos de superfície (transcutâneos). Sendo uma boa alternativa por gerar menos desconforto e constrangimento aos pacientes, não sendo aplicada na região genital.

Com essa técnica é observada a diminuição da atividade do detrusor, pois ao estimular o nervo tibial posterior ocorre a inibição da atividade da bexiga, apresentando a função de modular os estímulos que chegam à bexiga pela inervação recíproca, sendo considerada uma forma periférica de estimulação sacral, afinal o impulso elétrico gerado pela corrente seria conduzido de forma retrógrada pelo nervo tibial posterior até o plexo hipogástrico indo até o detrusor diminuindo as suas contrações.

Para alguns autores, o tratamento com a eletroestimulação vaginal utilizada de forma isolada não apresenta resultados satisfatórios, mas quando associada ao tratamento com cinesioterapia, apresenta melhor eficácia, gerando uma melhora substancial.

A prática de exercícios pode ser dividida em duas ou mais sessões diariamente, para evitar a fadiga muscular e facilitar uma melhor consciência do uso dos músculos. Nos exercícios, as contrações dos músculos devem ser sustentadas por no mínimo dez segundos e igual intervalo de repouso entre elas.

É fundamental durante o exame de palpação vaginal observar a contratilidade do assoalho pélvico, pois quanto menor a contratilidade maior será a utilização dos músculos acessórios na realização de exercícios.

O tratamento com a fisioterapia proporciona uma melhora e/ou cura do desconforto sintomático, mas o sucesso nos resultados vai depender da disciplina, assiduidade, perseverança, empenho da equipe envolvida e especialmente do paciente.
Bexiga Hiperativa – ansiedade e a sua influência nos sintomas da Bexiga Hiperativa

Os mecanismos que relacionam a ansiedade com alterações vesicais ainda não são totalmente conhecidos.

No quadro de ansiedade pode ocorrer o aumento da sensibilidade à bexiga, sendo que o aumento da ansiedade pode causar a percepção da bexiga repleta. A hipersensibilidade tem relação com os fatores emocionais mediados pela amídala, hipotálamo, hipocampo, e córtex pré-frontal medial.

Pesquisas atuais demonstraram que a administração de serotonina através da via central do cérebro podem causar efeitos modulatórios na função vesical.

Sabe-se que o fenômeno da micção sofre uma inibição tônica de vias gabaérgicas quando são utilizados Benzodiazepínicos – agonistas gabaérgicos – no tratamento de transtorno de ansiedade. Demonstrando assim uma possível correlação entre os fenômenos ansiosos e sintomas do trato urinário.


Bexiga Hiperativa – tratamento natural através da reeducação alimentar

No tratamento da Bexiga Hiperativa é de grande relevância a orientação quanto à ingesta hídrica e dieta adequada, pois as pessoas de forma geral não têm consciência do tipo e quantidade de líquido que deve ser ingerido diariamente e como isso interfere na micção.

Alguns cuidados devem ser tomados como a redução da quantidade de cafeína e outras substâncias irritantes da bexiga, e o aumento da ingesta de água para que a urina produzida se apresente menos concentrada e não irritativa para a parede vesical.

Também deve-se realizar o monitoramento da ingestão hídrica, instruindo o paciente quanto ao aumento ou redução da quantidade de líquido a ser ingerido diariamente, principalmente água. A ingesta também é importante para reduzir a sensação de boca seca, decorrente do uso de anticolinérgicos, que são usados para tratar a hiperatividade do detrusor.

Sabe-se que o aumento da ingestão hídrica previne a constipação intestinal, que pode ser um dos fatores responsáveis pelo agravamento da doença.

O consumo de bebidas gaseificadas, tabagismo e obesidade são considerados fatores de risco e devem ser evitados. A diminuição do risco de sintomas relacionados com a Bexiga Hiperativa se dá com o consumo de vegetais, pão e carne de frango.

No que se refere à obesidade foi realizado um estudo de coorte prospectivo que monitorou os sintomas de Bexiga Hiperativa após a perda de peso de mulheres com obesidade mórbida (IMC médio de 47,5) que foram submetidas à cirurgia bariátrica, identificando no período de seguimento médio de 1,7 ano, redução significativa na frequência e perda urinária de qualquer grau, assim como uma melhora no escore do questionário que avalia o impacto causado pela doença (IIQ-7).

Conclusão

Sabe-se que a Bexiga Hiperativa se trata de um problema de saúde pública importante, podendo ser encontrada em qualquer fase da vida e em todas as faixas etárias, com risco aumentado conforme o avanço da idade. Tendo uma etiologia multifatorial e uma grande variedade de sintomas e tratamento, pode ser influenciada por aspectos emocionais e de comportamento, afetando, assim, de forma negativa a qualidade de vida dos portadores.

Por se apresentar com um caráter crônico, é muito relevante o estabelecimento de estratégias por parte da equipe multidisciplinar, para que ocorra uma maior motivação e adesão do paciente, que deve ter uma participação ativa no processo de melhora, devendo ser em grande parte responsabilizada pela adesão ao tratamento.

Nota-se que a fisioterapia, através dos seus recursos conservadores, tem se apresentado como uma terapêutica eficiente na melhora dos sintomas e, consequentemente, na qualidade de vida dos indivíduos, sendo indicada, juntamente com outros (como os farmacológicos), como primeira linha no tratamento da Bexiga Hiperativa.

O empenho no tratamento é de extrema importância pois o paciente, infelizmente, tende ao isolamento social, com medo de estar em público e ocorrer uma perda urinária, assim a sua vida passa a depender da disponibilidade de toaletes, sofrendo inclusive com dificuldades sexuais, alterações do sono e vida social.

Esses indivíduos frequentemente apresentam uma queda da autoestima, tornando-se se deprimidos, angustiados e irritados. Sentindo-se humilhados e embaraçados demais para expor e dialogar sobre o seu problema. Observa-se que somente quando a sua qualidade de vida está demasiadamente comprometida eles procuram o serviço médico.

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