terça-feira, 22 de março de 2022

Mapati: Uva da Amazônia


O mapati (Pourouma cecropiifolia), também conhecido como uva da Amazônia, embaúba, cucura, uva-da-mata e purumã, é um fruto de uma árvore amazônica de porte médio, nativa das florestas de terra firme da Amazônia Ocidental. A árvore pode atingir até 15 metros de altura em seu habitat natural.

O mapatizeiro é considerado uma espécie de fácil propagação por sementes, além de tolerar solos ácidos de baixa fertilidade. Em cultivos manejados o mapatizeiro apresenta rusticidade contra pragas, doenças, sendo que os frutos do mapati podem ser precocemente produzidos (a partir dos 3 anos de idade). Em decorrência disso, seu cultivo pode ser sugerido em pequenos pomares, sistemas agroecológicos e na recuperação de áreas degradadas.

Além dos frutos, a seiva extraída dos brotos foliares do mapatizeiro é usada na medicina tradicional, no combate as enfermidades dos olhos.

Análises realizadas na polpa do mapati mostraram que se trata de fruto adocicado e com baixa acidez. Os principais componentes da polpa são açúcares representados por frutose e glicose.

É um fruto rico em potássio, cálcio e fósforo, podendo ser empregado na fabricação de sucos, geleias e vinho. No Peru se prepara uma bebida semelhante ao café, a partir das sementes torradas e moídas.

A amêndoa apresentou uma gordura com alto teor de ácido behênico (29,78%), diferindo da composição da grande maioria dos óleos e gorduras vegetais. Determinaram-se, neste estudo, 73,5% da composição química do óleo essencial dos frutos maduros do mapati.

Dentre os constituintes responsáveis pelo aroma desse fruto destacamse o salicilato de metila (6,01%) e os monoterpenos oxigenados: cis-óxido de linalol (forma furânica) (0,48%), trans-óxido de linalol (forma furânica) (0,24%), linalol (3,10%), p-1-menteno9-al (0,46%), α-terpineol (0,93%) e geraniol (0,24%). Tais constituintes permitem a correlação do aroma do mapati com o aroma de variedades de uva tipo Moscatel, cujos voláteis característicos são o linalol e seus derivados óxidos de linalol na forma furânica, além de α-terpineol, β-ionona, geraniol, nerol e citronelol.


Os frutos são drupas formadas em infrutescências semelhantes aos cachos das uvas, no entanto, são bastantes perecíveis após a amadurecimento. São globosos ou subglobosos, medindo em média 2,1 cm de comprimento por 1,5 a 2,3 cm de diâmetro, com peso médio de 13 gramas. O pico de produção dos frutos do mapati é entre os meses de novembro a janeiro, coincidindo com o início do período de chuvas na Amazônia.



A casca é fina e de superfície áspera, fibrosa, coloração violeta-escura, quando maduro, e com grande quantidade de pigmentos antocianinas. O mapati tem um bom rendimento de polpa, cerca de 55% do total do fruto, possuindo consistência gelatinosa, suculenta, pouco fibrosa e de sabor agradável, sendo levemente adocicado. Apresenta boas quantidades de carboidratos, fibras e minerais, como cálcio, fósforo e potássio.

Esses frutos são consumidos basicamente na forma in natura. Após a coleta apresenta potencial para preparação de doces, frutas em caldas ou desidratadas, geleias, sucos e bebidas fermentadas, granolas e farinhas nutritivas.

Indicação: Helenkássya Gonçalves de Araújo
Texto e pesquisa: Carlos Demeterco



Árvore frutífera de médio porte nativa da região amazônica, a MAPATI produz grande quantidade de frutos em cachos parecidos com uvas. Em seu habitat amazônico chega até 15 metros de altura, porém quando cultivado em pomares não passa de 8 metros de altura. Sua bela folhagem vistosa lembram as folhas de Embaúba. Frutifica no período de novembro a março principalmente.

Frutos de cor arroxeada, com polpa translúcida sucosa e muito doce, se sabor muito agradável. A casca se separa facilmente da polpa, sendo portanto de fácil consumo. Ótimos para consumo in-natura, sucos, geleias e sorvetes.

Árvore de rápido crescimento e resistente a pragas e doenças. Pode ser plantada em solos férteis ou até mesmo em terra pobre, gostando apenas de umidade constante, porém com boa drenagem. Por ser de clima tropical, é uma planta sensível a geadas.

Recomenda-se o plantio de 2 ou 3 mudas desta espécie no mínimo, para garantir frutificação, pois é uma planta dioica. (plantas masculinas ou femininas)


FLOR FEMININA


FLOR MASCULINA

NOMENCLATURA E SIGNIFICADO: POUROMA vem do Tupi, e significa ”Árvore que ronca” e se pode observar isso quando está ventando. Também é chamada de Mapatí, Uva da Amazonia, Embaúba de vinho, Embaúba de Uva Taranga preta e Cucura.

Usos: Frutifica nos meses de dezembro a fevereiro. Os frutos são deliciosos para serem consumidos in natura e tem gosto que lembra sabor de vinho doce ou suco de uva. Os frutos também podem ser utilizados para fazer sucos, doces, rechear bolos e sorvetes. A arvore pode ser cultivada como ornamental e é ótima para fazer sombra onde o clima é tropical e livre de geadas. Na região amazônica a espécie não pode faltar em projetos de revegetação pois sua produção precoce (2 anos na Amazônia) de frutos alimenta a fauna em geral.

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