Instintivamente, o ser humano tem buscado apoio na música para adquirir diversos estados de consciência. Desde músicas tribais ritmadas para os guerreiros se preparem para o combate, ou para os xamãs entrarem em transe.
Devido à diversidade de instrumentos e estilos que se pode ouvir em um simples Ipod, a música tem feito parte do cotidiano de bilhões de pessoas.
Ouvir música pode trazer um momento de lazer bastante prazeroso, durante uma refeição, uma conversa de amigos, ou mesmo numa grande balada.
A música tem sido utilizada também, para uma finalidade bastante interessante: como coadjuvante em tratamentos de saúde. Observando-se os efeitos da música no comportamento, emoção e até mesmo na fisiologia, ela tem sido utilizada em diferentes áreas da saúde mental e física.
A música pode trazer, por exemplo, um estado de relaxamento. É claro que as pessoas têm suas preferências musicais e nem todas irão se adaptar ao mesmo estilo, mas em geral, músicas mais calmas e de ritmo leve contribuem para esse estado. Por outro lado, algumas pessoas, em especial adolescentes gostam de ouvir músicas de ritmo acelerado, para “extravasar” e então conseguir uma sensação de bem-estar.
Em algumas situações, a música tem sido utilizada no ambiente ambulatorial ou clínico, para tratamento de dores crônicas. Em pacientes oncológicos (com câncer), a música pode ser um complemento aos medicamentos para o alívio da dor. Ao se concentrar e focar na música o paciente pode passar a ter uma percepção diferente da sensação dolorosa.
A música pode também ajudar na redução da pressão alta. Se o paciente ao invés de apenas ouvir a música, for treinado a relaxar, os efeitos podem ser mais acentuados. Para fins terapêuticos, aprender a focalizar na música e a relaxar o corpo, pode trazer vantagens maiores no tratamento.
Mesmo em indivíduos saudáveis que querem apenas relaxar, a música leve e de ritmo lento pode trazer o corpo de um estado de atividade mais acelerada para um estado mais desacelerado, o que está relacionado com a atividade da divisão parassimpática do sistema neurovegetativo. A respiração se torna mais lenta, e o batimento cardíaco desacelera nesse processo.
Por outro lado, sabe-se que algumas músicas podem evocar estados nostálgicos, e lembrar momentos de tristeza ou irritação. É importante portanto, se preocupar com a experiência prévia do indivíduo com relação à determinada música antes de pensar em prescrevê-la para alguma finalidade terapêutica.
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