É, portanto, muito importante a ideia de manter controlada uma doença
que amanhã pode ser curável...
O Lupus apresenta como sintomas artrite, febre sem explicação, fadiga muscular, feridas vermelhas na pele que podem aparecer no nariz, na bochecha ou na face, orelhas, braços, ombros, peito e mãos. As pessoas com esta enfermidade são sensíveis à luz solar, as feridas na pele geralmente aparecem primeiramente ou pioram depois da exposição ao sol.
Esta doença promove grandes mudancas no sistema imunológico, pois ela produz anticorpos que reagem contra às células normais, podendo afetar a pele, articulaões, rins e outros órgãos. Em geral, a pessoa desencadeia uma reação alérgica a si própria. Por isso o lúpus é considerada uma doença auto-imune.
Descoberta de cientistas americanos abre portas para o tratamento de lúpus
Cientistas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos descobriram que a ativação de basófilos, um tipo de leucócito do sistema imunológico, causa danos aos rins de ratos, em um experimento que pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para o lúpus.
O lúpus é uma doença que afeta vários órgãos do corpo e para a qual não existe cura. A pesquisa dos institutos foi divulgada hoje pela revista "Nature Medicine" e foi dirigida pelo doutor Juan Rivera, diretor do Instituto Nacional de Artrites e Doenças Músculo- Esqueléticas e da Pele dos EUA (Niams, na sigla em inglês).
Rivera disse à Agência Efe que cerca de 1,5 milhão de americanos sofrem de lúpus e aproximadamente entre 60% e 70% apresentam sua forma mais grave. O doutor afirmou que as estatísticas sobre mortalidade são menos exatas, mas calculou que o número de mortes causadas pelo tipo mais grave chegue a "milhares" por ano.
"De 10% a 15% dos pacientes com o tipo mais grave morre de forma prematura devido a falhas renais, cardíacas ou de outros órgãos", disse Rivera. Sua equipe descobriu que ratos criados geneticamente para ter deficiência de uma proteína chamada Lyn kinase mostravam respostas exageradas a alérgenos e desenvolviam uma doença parecida ao lúpus de rim.
O estudo demonstra pela primeira vez neste tipo de rato como os basófilos ativados pelos anticorpos chamados imunoglobulina E (IgE) autorreativos podem melhorar os danos associados ao tipo mais grave de lúpus. A pesquisa mostra que os IgE autorreativos se colam à superfície dos basófilos, o que faz com que eles se concentrem nos nódulos do baço e da glândula linfática dos ratos e gerem mais anticorpos autorreativos.
Posteriormente, os pesquisadores examinaram mostras de sangue de 44 pessoas com o tipo mais grave da doença e descobriram a presença de IgE autorreativos, assim como um aumento dos basófilos, o que sugere potenciais benefícios terapêuticos.
Rivera disse que embora a descoberta de sua equipe "não sugira uma cura" para o tipo mais grave do lúpus, o estudo determinou "um processo não reconhecido no desenvolvimento da doença, o que abre uma nova área de pesquisa com potencial terapêutico".
"Prevemos que os possíveis tratamentos que podem resultar deste trabalho possam ajudar os pacientes a aproveitar suas vidas totalmente. Estes tratamentos devem reduzir a produção de anticorpos para atrasar ou prevenir a aparição do lúpus nephritis", acrescentou Rivera.
EFE
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2010/5/descoberta_de_cientistas_americanos_abre_portas_para_tratamento_de_lupus_84899.html
O Tratamento do Lúpus Eritematoso Sistêmico
Para a grande maioria das pessoas, um tratamento efetivo pode minimizar os sintomas, reduzir as inflamações e manter as funções do corpo normais.
Medidas preventivas podem reduzir os riscos de uma crise. Para pacientes fotossensíveis, evitar (excessiva) exposição ao sol e/ou o uso regular de protetor solar, evita o aparecimento de erupções cutâneas. Exercícios regulares ajudam a prevenir a fraqueza dos músculos e fadiga. A imunização protege contra infecções específicas. Grupos de apoio, aconselhamento, conversas com familiares, amigos e médicos, podem ajudar a aliviar os efeitos do estresse. Não é necessário dizer que maus hábitos podem ser terríveis para pacientes com lúpus. Isso inclui fumar, consumo excessivo de álcool, tomar a medicação em excesso ou em dosagens abaixo da prescrita, além de adiar visitas regulares ao médico.
A focalização do tratamento é baseada em necessidades e sintomas específicos de cada pessoa. Pelo fato das características e do curso do lúpus variar significativamente de pessoa para pessoa, é importante enfatizar que uma avaliação médica constante é essencial para assegurar um diagnóstico e tratamento adequados.
Alimentação:
Apesar de não se ter muitos conhecimentos sobre os fatores nutricionais nos vários tipos da doença, ninguém questiona a necessidade de uma dieta bem balanceada. Dietas da moda, que pregam um excesso ou uma exclusão total de certos alimentos, trazem mais malefícios do que benefícios para qualquer doença, inclusive o lúpus. Os cientistas têm mostrado que os anticorpos e outras células do sistema imunológico podem ser seriamente afetadas por deficiências nutricionais. Assim sendo, desvios significativos de uma dieta balanceada podem provocar efeitos em uma rede tão complexa quanto o sistema imunológico. Têm surgido várias sugestões sobre alimentos no tratamento do lúpus, um exemplo é o óleo de peixe. Entretanto, essas dietas têm sido usadas apenas em cobaias com sucessos limitados e não devem ser considerados como fundamentais para uma pessoa.
Prognósticos:
A idéia de que o lúpus é uma doença fatal é uma das mais graves concepções errôneas sobre a doença. De fato, os prognósticos a respeito do lúpus são melhores do que nunca. Hoje, com um diagnóstico precoce e as atuais terapias, 80 a 90% das pessoas com lúpus podem esperar por uma vida normal se eles seguirem as instruções do seu médico, tomarem todos os medicamentos conforme prescritos, e souberem quando procurar por ajuda quando efeitos colaterais ou novas manifestações da doença aparecerem. Apesar de alguns pacientes terem duras recaídas e serem freqüentemente hospitalizados, muitas pessoas com lúpus jamais precisam de cuidados hospitalares.
As novas pesquisas trazem resultados inesperados a cada ano. Os progressos feitos no tratamento e no diagnóstico durante a última década são os maiores dos últimos cem anos! É, portanto, muito importante a idéia de manter controlada uma doença que amanhã pode ser curável.
Medicamento contra lúpus chega à fase final de testes; é o 1º em 50 anos
O laboratório farmacêutico britânico GlaxoSmithKline (GSK) e o americano Human Genome Sciences (HGS) anunciaram resultados positivos de ensaios clínicos de um tratamento contra o lúpus eritematoso, doença inflamatória crônica. Há 50 anos não é lançado no mercado um medicamento contra o lúpus. A doença atinge cerca de 5 milhões de pessoas, provoca dores intensas nas articulações, lesões na pele do rosto e problemas renais. Pode chegar aos sistemas nervoso e circulatório.
Depois de passar com sucesso a fase três dos ensaios clínicos, prévia à comercialização, o Benlysta (cujo nome científico é belimumab) pode ser o primeiro tratamento autorizado em décadas para os doentes de lupus, segundo a GSK e a HGS.
"Os resultados dos estudos mostraram que o belimumab, associado a um tratamento padrão, após 52 semanas tinha melhorado o estado dos pacientes, em comparação com os pacientes que tomaram só o tratamento padrão", afirmaram os dois laboratórios em um comunicado conjunto.
A eficácia do belimumab, geralmente bem tolerado pelos doentes, ocorre por causa de uma diminuição dos anticorpos típicos do lúpus e dos sintomas da enfermidade. A associação entre os dois laboratórios começou em 2006.
Será realizado um segundo ensaio de fase três em novembro. Depois, as empresas pretendem solicitar autorização das autoridades sanitárias para comercializar o medicamento nos Estados Unidos, na Europa e em outras regiões, no primeiro semestre de 2010.
"Benlysta é o primeiro medicamento desenvolvido especificamente para o lúpus que chegou à última etapa de testes clínicos com resultados positivos", sublinhou Carlo Russo, vice-presidente da unidade Biopharm da GSK.
O Estado de São Paulo
Fontes:
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2010/5/descoberta_de_cientistas_americanos_abre_portas_para_tratamento_de_lupus_84899.html
http://www.camarpho.hpg.com.br/LOBO/tratamento.htm
http://www.panarello.com.br/site/pt/content/news/?id=39
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