sexta-feira, 17 de março de 2017

Parei de consumir açúcar, leite, café e glúten


Como muitas pessoas, a americana Stephanie Vozza achou que era tempo de mudar algumas coisas em sua vida com a entrada do novo ano. Ao adotar um programa de dieta de duas semanas proposto por sua academia, ela se viu diante da dificuldade de excluir ovos, açúcar, café, leite e derivados, suco de frutas, óleos vegetais, soja, carnes, amendoim, chá preto, álcool, glúten, adoçantes artificiais e refrigerantes. Dureza? Sim, mas ela resolveu seguir em frente, como contou em uma reportagem na Fast Company.

O menu diário passou a ter basicamente vegetais, frutas, azeite de oliva, nozes, legumes, arroz, batata, aveia, chá verde, leite de amêndoa e ervas. Carnes eram permitidas, desde que fossem frango, porco ou vaca orgânicos, peru e peixes não criados em fazendas. A maioria desses alimentos são conhecidos por ajudar a memória e aumentar o foco.

O primeiro dia foi fácil. Stephanie trocou seus ovos mexidos e café por aveia e chá verde. No almoço, salada. E para o jantar, salmão assado, aspargos e arroz integral.

No segundo dia, pequenas variações no cardápio, tudo fácil de fazer, mas ela se sentiu cansada. Nos dias seguintes, Stephanie já questionava sua decisão: ela se sentia exausta, cochilava em alguns momentos do dia e ia para a cama por volta das 20h30, de tão sonolenta. Todos os dias, por volta das 14h, ela sentia um desejo quase incontrolável de ingerir açúcar – o que a fazia olhar todas as bolsas à procura de uma bala esquecida. “E como resultado, o meu humor também estava insuportável”, recorda.

Mas aí veio o sexto dia da dieta. A sensação de tontura desapareceu e seu humor melhorou. “Eu me senti com mais energia do que antes”, conta. “Mentalmente, meu trabalho não parecia tão difícil e eu percebi que conseguia fazer mais em um dia do que anteriormente”.

Isso é normal, segundo Megan Gilmore, autora de “No Excuses Detox: 100 Recipes to Help You Eat Healthy Every Day” (Detox sem Desculpas: 100 receitas para ajudar você a comer de forma mais saudável todos os dias, em tradução livre). “A serotonina, o neurotransmissor que ajuda a regular nosso humor, apetite e sono, é produzido principalmente pelo intestino, então o que você come afeta não apenas seus níveis de energia, mas também suas emoções”, explica Megan.

Por que detox?

Essa foi a primeira dieta detox de Stephanie Vozza, mas de acordo com Megan Gilmore, todo mundo deveria parar de consumir certos alimentos em intervalos regulares. “Nossos corpos são alvo de toxinas ambientais diariamente, incluindo poluição, mofo, metais pesado”, diz. “Ainda que não tenhamos como controlar o ambiente no qual estamos, é possível diminuir a carga imposta aos órgãos que fazem essa desintoxicação, como a pele, fígado, rins, ao reduzir nossa ingestão de alimentos processados e ingredientes artificiais”.

A solução? “Comer mais alimentos ricos em nutrientes”.

Se a sua ideia é perder alguns quilinhos, dietas do tipo detox podem ajudar – e muito. “Após o Natal e Ano Novo, minhas roupas estavam apertadas e confesso que meu guarda-roupa começou a ter opções mais limitadas”, lembra Stephanie. Ao iniciar a dieta, ela não tinha isso em mente, mas vibrou com os resultados. “No quarto dia, meu estômago já tinha desinchado e voltei a usar meu jeans. No décimo dia, eu já tinha perdido mais de 2,5 kg”.

A questão é que fazer pequenas mudanças na rotina pode não ser uma coisa incrível, mas são essas mudanças que ajudam a criar novos hábitos – que vão durar e poderão ser adotados para o resto da vida.

Segundo um estudo publicado no Journal of Medical Toxicology, a exposição a toxinas pode influir no aumento de peso, independentemente da ingestão de calorias ou exercício. Cobaias expostas a inseticidas ganharam peso sem que houvesse aumento na ingestão de calorias ou diminuição de exercícios. Em apenas quatro meses, os ratos expostos às toxinas ganharam mais gordura comparados a outras cobaias que não foram expostas aos produtos químicos.

Dietas detox não trazem resultados imediatos

Submeter seu corpo a uma desintoxicação –substituindo alimentos pobres por outros ricos em nutrientes produz resultados melhores do que mudanças drásticas e rápidas. Para ter resultados mais duradouros, é preciso mudar o estilo de vida e a alimentação.

O segredo, segundo Megan Gilmore, é fazer pequenas mudanças, como uma vitamina verde no café da manhã, em lugar de café. “O importante é encontrar uma rotina saudável que funcione para você e manter-se fiel a ela”, diz a autora.

Stephanie Vozza concorda. Além de aumentar sua energia e melhorar seu foco (sem citar uma barriguinha chapada), ela deixou de ter insônia e passou a acordar todos os dias com muita disposição. “Até a dor de joelho que eu tinha de vez em quando, ao correr, desapareceu”, afirma. “E minha pele voltou a ter brilho”.

Por essa razão, ela decidiu manter a dieta ao final das tais duas semanas. Mas abriu concessões. “Voltei a tomar vinho tinto quando saio com amigos e se eles pedem pizza, eu vou nessa. Mas aí eu volto à minha dieta no dia seguinte”.

Quando você come consistentemente alimentos integrais, comida que não é processada, os resultados são incríveis”, diz Megan Gilmore. “Você vai ver que sua pele vai ficar mais limpa, vai se sentir menos inchado, perder alguns quilos, ganhar mais energia e dormir melhor. A maioria das pessoas não percebe que pode se sentir tão bem assim até tentar”.

FONTE

http://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2017/03/o-que-aconteceu-quando-parei-de-consumir-acucar-leite-cafe-e-gluten.html?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=pos

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